Duas em cada dez mulheres já foram ameaçadas de morte por companheiros, revela pesquisa

  • 25/11/2024
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Duas em cada dez mulheres já foram ameaçadas de morte por companheiros, revela pesquisa

Duas em cada dez mulheres já foram ameaçadas de morte por companheiros, revela pesquisa

Levantamento mostra que só 30% dos alvos de ameaça relataram caso à polícia e que há descrença em relação à punição de agressores

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Patrícia Galvão em parceria com o Ministério das Mulheres revela que seis em cada dez brasileiras afirmam conhecer ao menos uma mulher que já foi ameaçada de morte pelo parceiro, seja ele atual ou ex. Além disso, 21% das entrevistadas relataram terem sido alvo dessas ameaças, sendo que 3% afirmaram que isso ocorreu em mais de um relacionamento.

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, no Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra a Mulher. Entre as mulheres que relataram casos de ameaça, 59% decidiram encerrar o relacionamento após o episódio, mas apenas 30% buscaram a polícia para formalizar uma denúncia.

Quase todas as entrevistadas (93%) concordam que, caso as mulheres ameaçadas de morte tivessem o apoio do Estado, sentiriam mais segurança para denunciar os agressores.

O estudo também investigou os motivos que dificultam a saída das vítimas de relações abusivas. A maioria (64%) apontou a dependência econômica do agressor, enquanto 61% acreditam que o parceiro se arrependeu e mudará de comportamento. Outras 59% mencionaram o medo de serem assassinadas ao terminarem a relação, e 58% admitiram dependência emocional.

A oferta de assistência social e psicológica para fortalecer a autoestima e alcançar independência financeira foi citada por 86% das entrevistadas como o principal meio para romper com relações violentas.

O levantamento também destacou a descrença na punição aos agressores: 37% das mulheres acreditam que "nada acontece" com quem pratica violência doméstica, enquanto apenas 20% acham que esses homens serão presos. Para 60% das entrevistadas, o aumento nos casos de feminicídio no Brasil está relacionado à sensação de impunidade, e 81% acreditam que penas mais severas para violência doméstica poderiam prevenir feminicídios íntimos (aqueles cometidos por atuais ou ex-companheiros).

“As mulheres não têm dúvida de que há uma cultura em que elas são vistas como propriedade dos homens, e essa visão resulta em assassinatos”, lê-se nas considerações finais do relatório.

A pesquisa “Medo, ameaça e risco: percepções e vivências das mulheres sobre violência doméstica e feminicídio” foi realizada por meio de entrevistas on-line com 1.353 mulheres a partir de 18 anos, entre os dias 23 e 31 de outubro. O objetivo do estudo é identificar padrões e tendências, contribuir para um debate mais qualificado sobre o tema e fornecer subsídios para a criação de estratégias eficazes no enfrentamento à violência contra as mulheres no Brasil.

FONTE:  oglobo.com


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